Não há volta a dar, o futuro
dos jornais passa pela internet. Os jornalistas têm de pôr lado a ideia de que
os jornais impressos vai permanecer por muito tempo uma boa parte do que fazem.
“Isso acontecerá durante algum tempo, mas não vai durar”, garante Martin Baron,
um profissional das notícias que durante toda a sua vida profissional trabalhou
em jornais.
O actual editor executivo do
Washington Post admite “desconforto para os que, como eu, cresceram nesta
área”, mas a verdade é que “a transformação vai acontecer”, aliás, já está a acontecer, independentemente
dos sentimentos que provoque nos jornalistas.
Daí que, se querem
sobreviver, têm de se adaptar e rapidamente, pois já perderam demasiado tempo.
A alternativa é “escolher falhar”.
Numa conferência proferida na
Universidade da Califórnia, Martin Baron manifestou a convicção de que o papel
dos jornalistas não está em risco, bem pelo contrário, ele continua a ser muito
importante e extremamente necessário. Isto porque, ao longo dos últimos anos,
vimos aumentar a capacidade dos governos de vasculharem a vida dos cidadãos e o
poder dos ricos “crescer para além de todos os limites aceitáveis”. Em face
desta realidade, continua a competir aos jornalistas investigar e denunciar situações
de relevante interesse público, mesmo que isso implique riscos comerciais ou
outros ainda mais graves.
O que muda no meio digital
são os meios que os jornalistas têm à sua disposição para levar aos leitores os
seus artigos e reportagens. Há que saber aproveitar isso, o que implica a
contratação, por parte do Washington Post, por exemplo, de jornalistas que se
sintam como peixe na água no meio digital. E, igualmente, de engenheiros
informáticos que com eles trabalhem em conjunto para que possam aproveitar
todas as ‘armas’ que têm à sua disposição e chegar ao maior número de pessoas.
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