quarta-feira, 15 de abril de 2015

Futuro dos jornais passa pela net e não pelo papel




Não há volta a dar, o futuro dos jornais passa pela internet. Os jornalistas têm de pôr lado a ideia de que os jornais impressos vai permanecer por muito tempo uma boa parte do que fazem. “Isso acontecerá durante algum tempo, mas não vai durar”, garante Martin Baron, um profissional das notícias que durante toda a sua vida profissional trabalhou em jornais.
O actual editor executivo do Washington Post admite “desconforto para os que, como eu, cresceram nesta área”, mas a verdade é que “a transformação vai acontecer”, aliás, já está a acontecer, independentemente dos sentimentos que provoque nos jornalistas.

Daí que, se querem sobreviver, têm de se adaptar e rapidamente, pois já perderam demasiado tempo. A alternativa é “escolher falhar”.
Numa conferência proferida na Universidade da Califórnia, Martin Baron manifestou a convicção de que o papel dos jornalistas não está em risco, bem pelo contrário, ele continua a ser muito importante e extremamente necessário. Isto porque, ao longo dos últimos anos, vimos aumentar a capacidade dos governos de vasculharem a vida dos cidadãos e o poder dos ricos “crescer para além de todos os limites aceitáveis”. Em face desta realidade, continua a competir aos jornalistas investigar e denunciar situações de relevante interesse público, mesmo que isso implique riscos comerciais ou outros ainda mais graves.


O que muda no meio digital são os meios que os jornalistas têm à sua disposição para levar aos leitores os seus artigos e reportagens. Há que saber aproveitar isso, o que implica a contratação, por parte do Washington Post, por exemplo, de jornalistas que se sintam como peixe na água no meio digital. E, igualmente, de engenheiros informáticos que com eles trabalhem em conjunto para que possam aproveitar todas as ‘armas’ que têm à sua disposição e chegar ao maior número de pessoas. 

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