Os sites do grupo Impresa
(proprietária de órgãos de comunicação como, entre outros, a SIC e o Expresso)
renderam cerca de 3,8 milhões de euros em 2014. Uma parte dessa verba (771 mil
euros) resultou de subscrições, ou seja, é dinheiro que as pessoas pagam para
ter acesso a determinados conteúdos.
Trata-se da adaptação ao meio
digital do tradicional sistema de venda por assinatura de jornais e revistas de
papel, cujas receitas têm vindo a cair ao longo dos últimos anos.
Segundo o último relatório e contas
da empresa, na vertente digital a tendência tem sido contrária, ou seja, há
cada vez mais pessoas a pagarem para acederem a conteúdos pagos na internet.
Eram, no final do ano, mais de 24 mil, um crescimento de 42,8% em relação a
2013. O número de subscritores digitais já representa 20,5% do total de
subscritores dos órgãos de comunicação da Impresa.
Uma das apostas mais fortes do
grupo, a este nível, foi o lançamento do Expresso Diário, um jornal
exclusivamente digital. A ele têm acesso os leitores da edição em papel do
Expresso, através da utilização de um código disponibilizado na capa da
revista, e os que subscrevam apenas a edição digital. Neste caso, pagam 4,90
euros no primeiro mês, após o que a assinatura passa para 9,9 euros mensais.
De acordo com o relatório anual da
Impresa, no final do ano passado, o Expresso Diário tinha cerca de 17 mil
subscritores.
Esta estratégia de apostar no
serviço de subscrição, que se alarga a outros órgãos do grupo, como, por
exemplo, a Visão, não teve reflexos negativos no número de visitantes e de
page-views dos sites da Impresa, até porque quem não queira pagar continua a
ter acesso a alguns conteúdos gratuitos.
Ao longo do ano, o tráfego dos
sites da Impresa cresceu 7,1%. Em 2014, houve a remodelação dos sites da SIC e
da SIC Notícias, tendo, neste último caso, daí resultado um acréscimo de 31% de
visitantes únicos.
Visitantes que, cada vez mais, usam
os smartphones e tablets para acederem aos sites, tendo chegado aos 25% do
total, o dobro da percentagem registada em 2013.
Apesar do aumento da receita
proveniente da net, ela ainda é bastante diminuta em relação à facturação
total. Representa apenas 1,6% da verba obtida ao longo do ano passado.
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